Jorge Andrade prevê o que vai ser o seu futuro. Começa por falar do momento em que acabar o espetáculo que o público está a ver, daqui a cerca de uma hora. E depois continua: a saída da sala, o encontro com o público, a caminhada pela cidade, uma eventual passagem por um bar, a ida para casa… imagina o que de fundamental irá acontecer-lhe a ele, e aos que lhe são próximos, até ao dia em que morrer. Vê os filhos a crescerem, terá talvez netos, continuará a fazer teatro, a ir de férias, a participar em celebrações. Vê a sua família a desaparecer mais ou menos por ordem de idade, o seu corpo degrada-se, tem desgostos irrecuperáveis; o futuro também será certamente isso. Enfim, terá de inventar uma morte para si próprio.
Partindo de um guião de Deborah Pearson, o monólogo é reescrito por Jorge Andrade em cada nova apresentação, considerando cada sítio, e cada dia.
texto e interpretação Jorge Andrade ‧ a partir de guião The Future Show de Deborah Pearson ‧ fotografia de cena José Caldeira ‧ direção de produção Pedro Jordão ‧ produção executiva Andreia Bento ‧ residência de escrita Festival Novos Bardos (Centro Internacional de Dramaturgia da Guarda) ‧
10 de julho ‧ Escola do Largo (Parceiro Institucional: República Portuguesa - Ministério da Cultura. Programa Garantir Cultura)
5 e 6 de agosto ‧ Hosek Contemporary (Berlim)
19 e 20 de novembro ‧ mala voadora
14 de dezembro ‧ Teatro Municipal da Guarda